1. Ortodontia

A Ortodontia Corretiva é uma especialidade da Odontologia que trata o mal posicionamento dos dentes com o uso de aparelhos ortodônticos fixos. Esse procedimento clínico é indicado, geralmente, no final da dentição mista e início da dentição permanente. No entanto, também pode ser realizado em adultos, sem restrições de idade. O tratamento ortodôntico confere ao paciente um equilíbrio nas proporções da face, alinhamento e nivelamento dos dentes e melhora o encaixe entre as arcadas, proporcionando uma distribuição correta das forças mastigatórias. Por outro lado, a Ortodontia Preventiva procura diagnosticar com antecedência os prováveis problemas ortodônticos, impedindo a instalação da má oclusão. Geralmente é indicada ainda na fase da dentição decídua (dentes de leite) para a preservação da normalidade da dentição, diante de eminente estabelecimento de má oclusão. Pode, por exemplo, manter o espaço após perda precoce de dentes ou impedir hábitos que possam levar à má oclusão. Já nos casos onde há a necessidade de reestabelecer a harmonia do crescimento ou interromper a má oclusão, a indicação é a Ortodontia Interceptativa. Nessa fase, normalmente se utilizam aparelhos ortopédicos funcionais ou mecânicos que possibilitam a correção de alterações esqueléticas e da função orofacial em uma fase precoce.   1.1 Ortodontia Invisível 1.1.1 Ortodontia Lingual   É uma técnica que surgiu no final dos anos 70 nos Estados Unidos e hoje também é utilizada no Brasil. Consiste na instalação de acessórios (brackets) na parte interna dos dentes. Esse tipo de aparelho não compromete a estética do paciente, pois não deixa nenhum metal aparente e não projeta os lábios, porém tornam-se mais desconfortáveis. Os acessórios podem ser feitos sob medida para cada paciente, uma vez que a superfície dentária é diferente para cada um. O resultado final é igual ao tratamento ortodôntico convencional.   1.1.2 Alinhadores Essa modalidade de tratamento tem se difundido muito na resolução das más oclusões. Considerado o mais “invisível” e estético dos aparelhos ortodônticos, fabricados em poliuretano premium de rigidez moderada e transparente. São confeccionadas a partir de um modelo digital de suas arcadas e conforme os dentes são movimentados pelo software, novos alinhadores são gerados até que toda correção seja realizada. A correção dos dentes é feita por meio da troca sequencial dos alinhadores, que deve ser feita entre 7 e 15 dias. Cada alinhador tem uma diferença na posição dos dentes em relação ao anterior, e é justamente esse detalhe que promove a movimentação dentária. Não são utilizados brackets, fios ortodônticos e dispensam o uso das famosas borrachinhas e, dessa forma, ficam imperceptíveis quando instaladas. E isso o torna mais confortável, pois não machuca a boca e nem atrapalha durante a fala. Além disso, é muito higiênico, pois deve ser removido na hora da alimentação e da higienização bucal.

2. DTM e Dor Orofacial

A disfunção temporomandibular (DTM) e dor orofacial são problemas clínicos que acometem estruturas da cavidade oral, face, cabeça e pescoço. Geralmente, as condições clínicas relacionadas a essa síndrome são dores nos dentes ou dos tecidos periodontais, dor ou sons na articulação da mandíbula, dores e sensibilidade nos músculos da mastigação, e função irregular ou limitada da mandíbula. Os problemas relacionados à DTM podem se manifestar na região da cabeça ou pescoço e estarem associadas às dores na região cervical, às cefaleias (dores de cabeça), fibromialgia e doenças reumáticas como a artrite reumatoide. Os sintomas mais comuns apresentados pelos pacientes com DTM são dificuldade, dor ou limitação para abrir ou mastigar, ruídos na ATM, travamento da mandíbula, dores na face e próximo ao ouvido, cansaço nos músculos da face, certos tipos de dores de cabeça. Não existe uma causa específica da DTM e Dor Orofacial, mas alguns fatores como traumas, estresse emocional, apertamento constante, bruxismo podem ser considerados predisponentes ao desenvolvimento dessa patologia. O tratamento recomendado envolve o uso de placas interoclusais, fisioterapia, uso de medicamentos, toxina botulínica, entre outros.

3. Odontologia do Sono

A qualidade do sono está intimamente ligada à qualidade de vida do ser humano. Durante o sono, nosso organismo exerce uma grande quantidade de atividades como o fortalecimento do sistema imunológico, secreção e liberação de hormônios, consolidação da memória, entre outras. Porém, quando a qualidade ou quantidade de sono não são adequados o nosso corpo padece. Várias podem ser as causas associadas à baixa qualidade do sono. A Odontologia do Sono é a área da odontologia que atua no tratamento dos distúrbios relacionados a problemas respiratórios como ronco, a apneia obstrutiva do sono (SAOS), a síndrome da resistência das vias aéreas superiores (SRVAS) e os distúrbios do sono relacionados ao sistema mastigatório que ocorrem durante o sono ou durante a vigília mas que tem origem no sono. Entre as alternativas de tratamento estão os aparelhos dentários ou dispositivos orais. O aparelho mais utilizado é o de avanço mandibular, que ajuda a manter a passagem de ar, aliviando os sintomas responsáveis pelos distúrbios respiratórios. É claro que todos os pacientes devem ser avaliados clinicamente e por meio de exames, como a polissonografia, para que seja realizado um diagnóstico e plano de tratamento adequados.